terça-feira, 21 de junho de 2011

No meu peito existe uma gruta. Não, não está vazia, nela está contida um lago. Um lago cuja água tem significado desconhecido. Quando nela penso sinto uma homogeneidade de sentimentos, raiva misturada com serenidade, desistência e magoa.
De tempos em tempos, vejo uma gota a cair das estalactites suspensas no topo da gruta. Ao entrar em contacto com a restante água, faz um barulho confortante mas ao mesmo tempo inquietante. Quando esta cai, parece que é algo que eu alcanço, um objectivo cumprido.
- E desta vez o que alcancei eu? - pergunta o meu alter-ego.
- Alcanças-te a verdade, Miguel.

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